Participantes do Encontro Territorial do P1+2 |
Orestes Serafim - SDA, fala sobre a parceria do Governo do Estado do Ceará e Ong's |
Dinâmica: Os caminhos que percorri e percorro |
Água como Direito
Circular por entre livros, folders, publicações, fotografias, nos remeteu a história construída ao longo dos anos pelas famílias e organizações sociais. Foi um momento de percebermos a importância que os movimentos sociais tem para o enfrentamento das desigualdades sociais, promovendo debates nas comunidades e intercambiando os saberes. Dona Teresinha Ricardo, do Assentamento Antonio Conselheiro, em Ocara, relembrou os momentos de grande dificuldade do passado, os avanços e o que ainda precisamos construir. "Nossa luta é incansável. Até hoje eu participo de reuniões porque eu acredito que é através da organização que a gente consegue ir pra frente. Não é fácil, mas eu não desanimo".
Por onde anda a juventude?
Airton - Comunidade Aroeiras/Aracati, falando sobre os vários aspectos da água em nossas vidas |
Na dinâmica do Encontro Territorial, o debate se estendeu para a sucessão rural, da qual as juventudes ficam à margem, sendo ignorados seus desejos e entendimentos. Foi interessante perceber que agricultores/as experientes pontuaram que "os jovens não são ouvidos ou que são mal interpretados". Daí surgiu a proposta de um encontro de motivação para a participação das juventudes nos encontros do fórum também como protagonistas. Foi lembrada a importância do Levante Popular da Juventude como catalizador desse debate, já que o movimento tem possibilitado à juventude uma ampla reflexão sobre o seu papel social e político.
Conexão entre equipes - Sistematização, Financeiro e Animadores e as realidades do campo
Compreender as diversas realidades do campo requer viver ou conviver com elas. Para isso, o Encontro Territorial também foi pensado para proporcionar às equipes do escritório as dificuldades, as alegrias, os êxitos e afetividades de quem está cotidianamente vendo as transformações das famílias a partir do recebimento das tecnologias. Mas também foi o momento das famílias recebedoras das cisternas compreenderem as exigências burocráticas que tem que ser cumpridas para o bom andamento dos programas, como o momento da foto, assinatura do termo de recebimento, conferência dos materiais de construção, dentre outros. A equipe da Obas elaborou um slide para facilitar a compreensão de cada etapa, trazendo um debate rico e esclarecedor.
Ozelina e dona Angélica, da comunidade Pau Pereira - Chorozinho apresentam as tecnologias do seu quintal produtivo. |
Nunca é demais falar sobre os programas sociais
É uma prática da Obas trazer um pouco da história do surgimento da ASA até os dias de hoje. Segundo a coordenadora do P1+2 - Ivonete Marques - "Para que a gente se sinta parte dessa articulação, é preciso que a gente compreenda a missão da ASA e se sinta contemplado". A linha do tempo também é mostrada com muitas imagens sobre os projetos e o que as populações do semiárido já conquistaram.
O que queremos daqui em diante
O encontro foi para produzir conhecimento sobre as realidades do municípios contemplados nessa etapa do P1+2, e ninguém melhor do que agricultoras/es para expressar sobre cada ação pontuada no programa. Cada município falou sobre a mobilização das famílias, comunicação entre animadores, coordenação e famílias, entrega dos materiais, etc.
Ciranda: dona Teresinha traz a fé como elemento unificador. |
E finalmente, durante a avaliação, os sentimentos de positividade entrelaçaram-se à partilha de conhecimentos, confiança, respeito, dignidade, fé, perseverança e desejos de bem viver no semiárido.
Participaram do Encontro Territorial do P1+2, agricultoras,
agricultores de Ocara, Aracati e Chorozinho, jovens, comissões municipais,
STTR de Russas e Jaguaruana, técnicas/os da Obas, técnico da SDA – Secretaria
do Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado do Ceará,
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