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terça-feira, 19 de julho de 2016

Aratuba recebe cursos profissionalizantes do Projeto Trabalho e Bem Viver


Quem conhece Aratuba já nem se surpreende com a sua hospitalidade. Chegar à sede do município com a temperatura próxima a 21 graus nos remete a aconchego, ao cheiro do café, a conversa amistosa. E foi nesse clima que a equipe da Obas foi recebida para dar início aos cursos profissionalizantes do Projeto Juventude e Bem Viver.

A mobilização para o evento foi intensa, pois aproximadamente 90 pessoas entre jovens, representantes da gestão municipal, de sindicatos, de associações, instrutoras e instrutores, de grupos de juventude e da comunidade ocuparam o auditório da EEFM Profª Maria Júlia.

A jovem Chay dá as boas vindas aos/as participantes
Entusiasmada com o início do projeto, a jovem Chay, que mora na comunidade Tope, comentou sobre a importância de se levar o conhecimento para a juventude. “A gente quer isso: que venham esses cursos pra nos dar oportunidades”. A jovem, que é responsável pelo Grupo Cristo Libertador, se diz muito feliz porque o curso acontecerá na própria comunidade, o que facilita a participação dos jovens.




Para animar o evento, outro jovem que se destaca é Victero Bruno, da comunidade Fernandes. Ele trouxe o grupo Juventude em Foco, que fez uma bela apresentação de dança indígena e convidou as pessoas a participar do torém.

Isabel Fernandes, que esteve representando o gestor do município, Ivan Neto, deu as boas vindas à juventude e aos parceiros. “É preciso fortalecer as ações que possibilitam os jovens a melhorar seus aprendizados”, disse Isabel. A secretária de Assistência Social do município, Koelyne Barbosa, falou sobre “as oportunidades que o projeto traz para a juventude, que contraria a lógica capitalista que diz que o jovem não é capaz e o projeto mostra que o jovem pode, sim”. Somando-se às falas, Joerly Victor - do Sindicato dos Servidores Municipais - salientou que “é importante tirar os jovens da ociosidade e o município tem todo o interesse em projetos que promovem o bem viver da juventude”. Joerly lembrou que há estatísticas em que jovens são assassinados diariamente, mas que a mídia muitas vezes prefere promover a violência que citar ações propositivas para a juventude. As palavras completavam-se positivamente, como foi verbalizado pelo Cacique Sotero, que saudando o Deus Tupã, falou de sua “alegria em participar de um momento com indígenas e não indígenas por um pensamento em comum, que é o bem estar da juventude”. O cacique lembrou sua juventude, onde não era dada nenhuma oportunidade de formação, e hoje se diz “tranquilo porque há o interesse dos jovens em aprender, mas que é importante não esquecer as tradições e a cultura indígena”.

À equipe da Obas restou emocionar-se percebendo o quanto os cursos estavam sendo esperados. Jorge Pinto, coordenador do projeto, ficou bastante entusiasmado com as reflexões, deixando claro o compromisso com a qualificação profissional, mas também com a formação cidadã.
Dando continuidade à apresentação, Larissa Lima apresentou detalhadamente o projeto e como será sua execução, finalizando uma manhã de muita alegria e reconhecimento de que somando as energias as ações reluzem positivamente.
Sigamos...
Há braços...

À mesa de abertura estiveram:
Isabel Fernandes – Chefe de Gabinete do município; Koelyne Barbosa – Secretária de Assistência Social; Joerly Victor – Representante da Associação da Juventude de Aratuba – AJA e do Sindicato dos Servidores Municipais de Aratuba; Cacique Sotero – Indígena Kanindé - Comunidade Fernandes; Jorge Pinto – Coordenador do Projeto Trabalho e Bem Viver e, claro, uma representante da juventude, que gosta de ser chamada de Chay.

Agradecimentos afetuosos:
A Lireuda Pereira – Coordenadora do CRAS, que equalizou cada etapa até a realização do evento;
Ao Pedro Denis, que além de instrutor dos cursos, movimenta qualquer espaço com seu compromisso pela juventude;
Aos instrutores Wescley e Naiane por acreditarem no projeto;
Ananias, que gentilmente cuidou das músicas e dos slides;
Josafá Marinho – que registrou em fotos esse importante momento;
Ao grupo Juventude em Foco, pela perseverança e preservação da cultura indígena;
Ao grupo Cristo Libertador, por oportunizar essa formação em sua comunidade;
Ao pessoal que cuidou para que tivéssemos um café da manhã excelente;
Ao Ezequias Frota, que emprestou sua voz e compromisso na animação do evento,
A Escola EFM Profª Maria Júlia, que mais uma vez colabora com as ações da Obas em prol da educação de jovens;
As Comunidade Fernandes e Tope por participar e acreditar no nosso trabalho.

O Projeto Juventude e Bem Viver: Novas perspectivas para a juventude do Maciço de Baturité é promovido pela Obas e financiada pela União Europeia, e tem como objetivo contribuir com a redução da vulnerabilidade socioeconômica e cultural da juventude dos 13 municípios do Maciço de Baturité.

“Este documento foi elaborado com a participação financeira da União Europeia. O seu conteúdo é de responsabilidade exclusiva da Organização Barreira Amigos Solidários – Obas, não podendo, em caso algum, considerar que reflita a posição da União Europeia”.
Por Ricardo Wagner – Comunicador popular pela Obas











quinta-feira, 14 de julho de 2016

Feirão Agroecológico reúne agricultores e agricultoras de três municípios do Vale do Jaguaribe

Feirão acontecendo em frente ao STTRLN 

Na manhã de ontem (13), Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe, acolheu agricultoras e agricultores familiares de Pereiro, Russas e do próprio município, no 1º Feirão Agroecológico e solidário.
O evento, que visa fortalecer a agricultura familiar através da promoção da agroecologia e do bem viver, aconteceu em frente ao STTRLN, onde já ocorre a feira agroecológica todas as quartas.
Foram mais de cinquenta pessoas envolvidas nesse histórico momento, em que o vai e vem de caixas mais parecia um balé, embalado pelo forró do Edilson do Acordeon.Sacolas se encheram de acerolas, cebolinhas, coentros, mamões, batatas, ovos, feijões verdes, bolos e até mudas de plantas, compartilhando com os moradores e moradoraso resultado da perseverança de quem acredita na agroecologia e a utiliza em suas práticas de cultivo.
Com uma estiagem recorrente há cinco anos, o desafio é plantar com pouca água. Como disse a agricultora Socorro, moradora do Congo, em Limoeiro, “a grande dificuldade é a água. Coragem a gente tem pra trabalhar. As famílias que tem a cisterna de produção estão dando conta. É por isso que esse projeto tem que continuar”. Dona Socorro disse ainda que em sua comunidade há um grupo de mulheres se organizando para montar uma horta comunitária medicinal, cuja produção será facilitada pela casa de sementes local.
O grupo avaliou que os intercâmbios são importantes na construção do conhecimento, e que nessas práticas é preciso envolver a comunidade para que ela possa cobrar do poder público mais investimento na área e que os projetos voltados para a agricultura familiar permaneçam.


O 1º Feirão Agroecológico e Solidário faz parte do Projeto Feiras Solidárias promovido pela Obas em parceira com a Programa Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos),  instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), STTR’s de Limoeiro do Norte, Pereiro e Russas e conta com o apoio da Fafidam, Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, Ematerce, Secretarias Municipais de Agricultura de Russas e de Limoeiro, Associação Optar – Orgânicos e Associação São Vicente de Paula.
STTRLN – Sindicato dos Trabalhadores e trabalhadoras Rurais de Limoeiro do Norte.
Participaram 21 agricultoras e 21 agricultores.

Ricardo Wagner – Comunicador popular pela Obas/Asa