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quarta-feira, 30 de março de 2016

Comissão Municipal de Russas promove debate sobre a água em escolas do município

Hoje pela manhã (30) a Comissão Municipal de Russas realizou uma roda de conversa alusiva a Semana das Águas, na Escola Municipal Joana Alves de Sousa, na comunidade Lagoa Grande, em Russas. A atividade é mais uma das que estão sendo realizadas pela comissão noutras escolas e instituições do município, com a presença de diversos órgãos como a Cagece, a Cogerh dentre outros.
A Obas foi convidada a falar um pouco da trajetória dos programas sociais que tem a água como direito humano universal, a partir da sua trajetória e participação nos movimentos sociais.

Coordenador Dervânio dá as boas vindas aos/as participantes
Contextualizando o Semiárido - O coordenador da escola, Dervânio Fernandes apresentou a Obas um pouco sobre um projeto que a escola vem desenvolvendo desde o ano passo, chamado "Agrinho", onde os estudantes contextualizam o bem viver no semiárido em disciplinas como o português, a matemática, a história e a arte. 

Cultura - Aliada ao tema da água, a escola promoveu um momento em que as estudantes apresentaram através de dança e paródia, uma manifestação retratando a importância da água. Estimular a produção cultural é de extrema importância para a facilitação do aprendizado.

Vamos cochichar - Com a participação de estudantes, professoras e professores, representantes do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Russas, agentes de saúde, diretoria e coordenação escolar, a conversa girou em torno dos vários aspectos da água em nossos cotidianos, perpassando pelo direito universal à água, cuidados com os mananciais, as tecnologias alternativas de armazenamento e gestão dos recursos hídricos entre outros. Em tom descontraído, a Obas propôs que as crianças e adolescentes falassem das suas realidades com a água, e foi feito um breve diagnóstico oral sobre a comunidade, com depoimentos sobre a transformação nas vidas das famílias a partir do recebimento das cisternas, por exemplo. 

Voz e vez - Não foi difícil perceber o empenho da escola no que diz respeito a facilitar o processo de aprendizado através da reflexão, do conhecimento in loco. Os depoimentos das crianças e adolescentes transparecia conhecimento e consciência ambiental, interligado aos saberes tradicionais.citando variedades de sementes, suas formas de armazenamento, o gerenciamento da água, cuidados com a saúde e cidadania.

Ampliando o conhecimento - Ao final do encontro, a Obas entregou à escola um kit com publicações da Editora UFC (Universidade Federal do Ceará) e da Fundação Demócrito rocha. São livros que tratam da convivência com o semiárido, gênero, cidadania, poemas e romances. A ação faz parte de uma solicitação da Obas para essas instituições com o objetivo de promover o interesse pela leitura nas escolas das comunidades rurais.Também foi distribuído para as/os estudantes, o Candeeiro, publicação da ASA - Articulação do Semiárido Brasileiro, que possibilita olhares positivos para as vivências no semiárido. A edição nº 2127 traz a experiência do casal de agricultores dona Luzinha e seu Berrobró, daquele município. Além do Candeeiro, as crianças e adolescentes receberam o livreto "Álbum de Família", que conta de forma bem humorada e com desenhos, a trajetória do casal. 

O que vem por aí - A escola demonstrou bastante interesse nas atividades realizadas pela Obas, que está elaborando um calendário de oficinas que será apresentado no próximo encontro do FCSVJ - Fórum de Convivência com o Semiárido do Vale do Jaguaribe, em abril. Certamente serão momentos de muita troca de experiência e saberes.
Sigamos...











segunda-feira, 28 de março de 2016

XII Semana das Águas - Água e Leguminosas

Leguminosas – Por que falar delas
Durante uma semana, a Obas realizou a sua XII Semana das Águas. O tema deste ano – Água e Leguminosas: garantindo a Segurança Alimentar e Nutricional foi debatido num seminário com acadêmicos, estudantes e a população em geral. Fazer referência às leguminosas é de extrema importância, já que elas fazem parte do cotidiano de agricultoras e agricultores. A mesa, composta pela professora Ivanilda (Unilab), Andrea Sousa (Esplar) e Salomão (BNB) discutiram as leguminosas acerca não só da sua importância na alimentação humana e animal, mas também dos benefícios para a natureza através do plantio consorciado e equilíbrio e saúde dos solos. Em tempos de escassez de chuvas, falar sobre armazenamento de água e de sementes é primordial para a permanência das espécies. É preciso garantir que as sementes crioulas não se percam, pois nelas estão intrinsecamente relacionadas as culturas e tradições dos povos.

O mote das leguminosas começa a ser trabalhado durante todo o ano nas ações da Obas, desde os cursos de GRH, GAPA e Sisma, até as reuniões do FCSVJ – Fórum de convivência com o Semiárido do Vale do Jaguaribe.

Jorge Pinto, dona Luzinha, seu Berrobró e Alailson Saldanha
Lançamento - Após o seminário, foi realizado o lançamento da publicação "Álbum de Família", que retrata a história do casal de agricultores, seu Berrobró e dona Luzinha, do município de Russas. O livreto conta de forma bem humorada a trajetória dessa família, sua transição para a agroecologia e a participação na Feira Agroecológica de Russas.
Na ocasião, foi feito também o lançamento do Candeeiro sobre a família.


Concentração da pedalada em frente a Obas.
Pedala, menino – A tradicional pedalada pelas ruas da cidade, aconteceu no domingo (20) com a participação de quase 300 ciclistas. Com o apoio do Pró-Cidadania, as pessoas percorreram cerca de 8 km, estimulando a atividade física e fazendo referências aos cuidados com a água e as leguminosas.


Procissão de São José, saindo da comunidade Olaria
Com Fé – Como nos anos anteriores, o tema da Semana das Águas esteve presente na procissão de São José e na missa na Igreja Matriz de Barreira.
 Esse ano, a pastora Elza, da Igreja Batista Vale de Bênção acolheu o tema durante a celebração, onde foi lido um texto sobre a água e as leguminosas. É muito importante que as manifestações de fé estejam presentes nas discussões onde a natureza – presente divino – dialogue com o bem viver.







Jovens visitando a margem do Rio Choró, na comunidade Lagoa do Barro, em Barreira
Trilhando os caminhos – Como já é de costume, o agroecologista Francisco Saldanha, veio de Jaguaribe contribuir no olhar para o que vem ocorrendo com a natureza no entorno do Rio Choró, em Barreira. No ano passado, a trilha levou estudantes e a comunidade para conhecer um trecho da comunidade Lagoa do Barro, encerrando às margens do rio. Foram identificadas várias espécies, entre nativas e exóticas, que foram catalogadas e receberam plaquetas de identificação. Esse ano o objetivo foi retornar a essa área para avaliar as mudanças – ou não – ocorridas. Infelizmente todas as placas tinham sido arrancadas, impossibilitando a identificação e o monitoramento. Também foi percebido o aumento do assoreamento do rio Choró, a trilha teve a participação de estudantes da Escola de Ensino Médio Danísio Correa.


Centro Educacional 15 de Abril na oficina de Relatoria Gráfica


Conhecimento – Duas oficinas foram realizadas simultaneamente na sede da Obas, sendo que a participação de estudantes tem aumentado, sinalizando positivamente o compromisso e parceria das escolas na troca de saberes.

A Relatoria Gráfica, que é uma modalidade muito utilizada atualmente em relatórios e pesquisas, foi uma das oficinas ofertadas. Foram quase 30 jovens do Centro Educacional 15 de Abril que puderam exercitar técnicas de desenho e conhecer alguns materiais mais utilizados.





Oficina de produção de defensivos naturais
A segunda oficina foi direcionada a uma das maiores preocupações da Obas: como sensibilizar as agricultoras e agricultores para não utilizarem agrotóxicos. Para isso, é importante apresentar alternativas naturais. Durante a oficina, o agrônomo Jorge Pinto e o agroecologista Francisco Saldanha, colocaram em prática algumas receitas de defensivos naturais.









Carol distribuindo mudas para agricultores.
Blitz Verde – Pelo segundo ano consecutivo, a Obas distribuiu mudas de plantas no centro de Barreira. A iniciativa tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância das espécies nativas, suas utilidades desde a alimentação até o paisagismo consciente. Dessa vez, a Área de Proteção Ambiental –APA, do Maciço de Baturité gentilmente doou as mudas.

Esportivamente – Com o objetivo de integrar a juventude nas discussões, nada melhor que o esporte. Daí a iniciativa de realizar o I Torneio das Águas de Futsal, onde quatro times femininos e oito masculinos mobilizaram todo o município. Daí a certeza de que através do esporte é possível movimentar a juventude. Certamente outros campeonatos virão.

Sacudir o esqueleto – O quintal da Obas ficou pequeno para acolher tanta gente. Na fala de encerramento, o coordenador geral da Obas, Alailson Saldanha agradeceu a todas as pessoas envolvidas na realização do evento, bem como a todas que participaram das atividades. Ele ressaltou a importância do evento para o município, que através de vários programas e projetos executados pela Obas, também tem a oportunidade de trocar saberes e experiências.
E como não poderia deixar de ser, o encerramento foi coroado com a entrega dos troféus aos times vencedores do torneio, sendo que em primeiro lugar feminino o time “Cantagalo” e o masculino “Barreira Futsal”. Após a premiação, o brilho do luar misturou-se ao show do Edilson do Acordeon e do grupo de samba do Acarape. Foi muito arrasta-pé e quadrilha improvisada.
 Agora é esperar pela próxima semana das águas








segunda-feira, 14 de março de 2016

Maciço de Baturité inicia a Semana das Águas

Na última sexta (11), a Unilab - Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira abriu suas portas para receber a comunidade dos treze municípios do Maciço de Baturité, para o Seminário das Águas, promovido pelo Comitê do Maciço.

Segundo Silvanar Soares, um dos organizadores do evento, "é preciso que nós seres humanos, bebedores de água, tenhamos consciência e responsabilidade na sua gestão. Há anos a gente traz essa discussão sobre a poluição e degradação que vem sofrendo as fontes de água e pouco se tem feito. É um jogo de empurrar as responsabilidades, e infelizmente a gente vive à beira de um conflito sobre o abastecimento de água", lamentou.

Apresentação do vídeo - Depoimentos de Silvanar e Dedé
Após um vídeo realizado pelo comitê a cerca de três anos e que permanece muito atual, foi possível debater e refletir o que cada município tem apresentado de dificuldades.


Professora Marciana Barbosa apresenta dados sobre as bacias hidrográficas
Uma das palestrantes convidadas, a profª Marciana Barbosa, que faz parte da Cogerh, apontou em gráficos as realidades dos açudes do nosso Estado, fazendo um recorte para os impactos ambientais na Bacia de Pacajus. A professora apresentou os níveis de armazenamento que não são animadores.  Ela lembrou que "infelizmente ainda temos a cultura de que podemos utilizar a água sem pensar no desperdício" e que "o tratamento que é aplicado hoje não dá conta de tratar a água completamente". Também foi um momento de falar sobre "eutrofização", que é o processo de excesso de vegetação que nasce no leito dos rios, que prejudica a qualidade da água. Foi um momento bastante enriquecedor.

A secretária do STTR de Baturité, Eridan, trouxe suas preocupações com os recursos hídricos como a aplicação de agrotóxicos na comunidade Jucá, o assoreamento do Rio Choró dentre outros crimes ambientais. Ela sugeriu que fosse feito um documento de denúncia ao Ministério Público. 

Isabel e Ana Maria, agentes Cáritas apresentam as campanhas
Continuando a programação, a Cáritas divulgou a Campanha da Fraternidade 2016, e também lançou a campanha permanente - Água nossa de cada dia. As agentes Cáritas Ana Maria de Freitas e Isabel Cristina, apresentaram e distribuíram cartazes para que sejam amplamente divulgados em escolas, associações e vários locais públicos, com o objetivo de informar de forma simples e direta como estão sendo tratados os mananciais de água em nosso Estado. Ana Maria lembrou que a "casa comum, citada na Campanha da Fraternidade, é sobre a nossa responsabilidade com o todo, que transcende a casa, a rua, e se espalha por onde há vida, e como ela deve ser cuidada e preservada”.

Professora e Antropóloga, Jaqueline Pólvora, da Unilab
Seguindo com o ciclo de debates, foi a vez da antropóloga e professora da Unilab, Jaqueline Pólvora, trazer seu olhar sobre o que ocorre em diferentes partes do mundo quando se trata de gerenciamento dos recursos hídricos. A professora citou as pesquisas na área de saneamento, contextualizando o nordeste e a escassez de água, contrapondo ao sul e a abundância. Com esse mote, foi possível perceber que diante das adversidades, as formas se modificam, se adaptam, se reconstroem. Jaqueline ressaltou o "drama ecológico, onde rios e açudes de modo geral são assoreados ou utilizados como esgoto" e provocou: "A água serve da mesma forma pra todo mundo?"

Apresentação do curta "Água e Leguminosas", produzido pela Obas
Ao final, a Obas fez o convite para a XII Semana das Águas em Barreira, apresentando o curta em stopmotion - Água e Leguminosas. 

É preciso que tenhamos em vista as dimensões do quanto estamos desleixados com a natureza e tomemos atitudes urgentes, porque a água como direito está perdendo espaço para a água como mercadoria.

Ricardo Wagner – comunicador popular pela Obas 








segunda-feira, 7 de março de 2016

XII Semana das Águas - Agua e Leguminosas - Garantindo a Segurança Alimentar e Nutricional

Convite - “12ª Semana das Águas – Água e Leguminosas



A Organização Barreira Amigos Solidários (Obas), localizada no município de Barreira/CE, realiza anualmente a “Semana das Águas”, em parceria com entidades locais, sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, escolas, universidades, agentes de saúde, associações comunitárias, instituições religiosas e comunidade em geral. Este ano, o evento, que entra em sua 12º edição, ocorre entre os dias 18 e 22 de março, e tem como tema Água e Leguminosas – Promovendo a Soberania e Segurança Alimentar”, em alusão ao Ano Internacional das Leguminosas, lançado pela FAO e pela ONU.

     Dentre os objetivos da “Semana das Águas” está a ampliação, reflexão e realização de ações práticas que despertem uma consciência crítica e social quanto ao valor dos recursos hídricos e sua utilização. Trilha ecológica, seminários, oficinas, debates, blitz verde e apresentações culturais complementam a programação. 

      Gostaríamos de contar com sua presença para compor a mesa de abertura, da qual explanaremos sobre as casas de sementes e  leguminosas, dentre tantos outros tópicos.
Sua participação é de grande importância nessa troca constante de saberes.

Respeitosamente,


Assinatura kilvia
 




 Regina Kilvia Rodrigues Nogueira Saldanha
Presidenta da Obas



Favor confirmar presença com a Assessoria de Comunicação - ricardowagnerobas@gmail.com








XII Semana das águas

PROGRAMAÇÃO

Sexta
(18 de Março)
14h -  Abertura Oficial da “12ª Semana das Águas”
14:15h – Mesa-Debate

Sábado
(19 de Março)
8h – I Torneio das Águas – Campeonato de futebol feminino e masculino com times locais.

17h - Procissão de São José
 Saindo da Comunidade Olaria até a Igreja Matriz de Barreira
Domingo
(20 de Março)
 7:30h - Pedalada das Águas (saída da sede da Obas)
Percorrendo as ruas de Barreira.

Segunda
(21 de Março)
    7:30h – Trilha Ecológica das Águas
    Visitando o Rio Choró, em Barreira.

14h – Oficinas simultâneas
     Relatoria Gráfica – Para estudantes do município.
      Produção de Defensivos Naturais para Controle de Pragas e Doenças

19h – Culto alusivo a XII Semana das Águas
Igreja Batista Vale de Bênção
cleardot
Terça
(22 de Março)
8h – Blitz Verde – Mobilização para o Dia Mundial da Água com distribuição de mudas de plantas e sementes de leguminosas, no centro de Barreira.

14h – Final do I Torneio das Águas – Premiação dos times masculino e feminino.

19h – Noite Cultural- Apresentações de grupos locais, música e dança.