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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Município de Pereiro recebe o FCSVJ para primeira reunião de 2016.

Por Ricardo Wagner – Comunicador popular pela Obas, com a colaboração de Madalena Maia

Comissão municipal de Pereiro dá as boas vindas aos/as participantes
No último dia 25, o município de Pereiro, através da Comissão Municipal, recebeu o FCSVJ – Fórum de Convivência com o Semiárido, para debater o tema Água.

A acolhida se deu com música e reflexão sobre o cenário montado na sala, que retratava duas realidades da água: um plantio agroecológico e o descaso com os recursos hídricos.

Além das comissões municipais, estavam presentes o poder público, através do prefeito do município, João Francismar Dias, Pastoral da Criança, representantes dos artesãos e artesãs de Pereiro, Jovens e agricultoras e agricultores.

Na pauta, as previsões de chuvas, o uso da água pela população e pelas multinacionais, o abastecimento através do Açude Castanhão, a mobilização das famílias beneficiadas pelas cisternas e sua importância, o papel da comunicação na sensibilização dos cuidados com a água.


Retratos da realidade dos municípios  
As comissões relataram sobre a atual conjuntura hídrica de seus municípios (ver quadro abaixo), ressaltando a importância do gerenciamento das águas, pois ainda não há garantias de bom inverno. “É preciso que saibamos economizar a água mesmo com essas chuvas, pois a gente sabe que pode sofrer mais adiante se faltar. A cisterna é uma garantia de armazenamento, mas se a gente não souber usar essa água, depois a gente fica lamentando...” disse dona Lúcia, agricultora e integrante da Comissão Municipal de Pereiro.




O que dizem por aí
E o papel da comunicação não foi deixado de lado. Os/As participantes puderam avaliar o modo como a grande mídia retrata o semiárido e o que a comunicação popular tem feito para visibilizar o que de fato ocorre nas comunidades. Durante a conversa, foi apresentada a campanha Cuidados com a cisterna, criada pela Rede de Comunicadores/as Populares do FCVSA, para sensibilizar as famílias beneficiárias sobre a importância da manutenção das cisternas para que elas continuem a armazenar água por muito tempo. A campanha foi lançada no último dia 19, no encontro do FCVSA, em Mundaú, e será divulgada através de calendários e spot de rádio, utilizadas nos cursos de GRH, Gapa e também pelas rádios municipais e comunitárias.



 A cara do Fórum de Convivência com o Semiárido do Vale do Jaguaribe
Enfim, aproxima-se a data para divulgarmos a identidade visual do FCSVJ. Ano passado, foi lançado um concurso para a criação da logomarca, entre os municípios do Vale do Jaguaribe, com o intuito de trazer a juventude para conhecer e participar das ações do fórum. Numa atitude ousada, o fórum realizou oficinas de criação de logomarca nos municípios Itaiçaba e Pereiro. As ilustrações foram socializadas na reunião e o jovem classificado terá uma nova etapa para finalização da logomarca. O objetivo é apresentá-la na próxima reunião do FCSVJ que acontecerá em Iracema, na segunda quinzena de abril.




 Iracema: Na sede do municipio choveu cerca de 275 mm. O açude do Ema, voltou a abastecer a sede e algumas áreas da zona rural, hoje com mais de 7% de sua capacidade, que se encontrava seco. Na região do Açude dos Bastiões choveu de forma distribuída 232 mm, com 2,75% da capacidade, e o açude Canafístula se encontra em situação de emergência com apenas 1,71% de volume de água. O açude Figueredo esta abastecendo a cidade e também  Potiretama.
As cisternas já estão cheias e sem aparentes problemas.


Aracati: Foi apresentada a reportagem do Diário do Nordeste sobre a capacidade do Açude Castanhão, que denuncia o baixo volume de água e a possibilidade de fechar a válvula que leva água pelo Canal do Trabalhador para o Baixo Jaguaribe (Russas, Itaiçaba, Aracati...), que chegaria apenas até Limoeiro do Norte, complicando também o abastecimento para Fortaleza.
Segundo as informações, de janeiro a fevereiro deu-se uma máxima de 200 mm no município.


Limoeiro do Norte: Em janeiro deu-se distribuidamente 278 mm de chuva na cidade, com algumas áreas onde a porcentagem foi menor de chuva. Em fevereiro, na Chapada do Apodi, as chuvas variando entre 50 a 80mm deixaram as cisternas todas cheias.


Russas: Foram visitadas 18 famílias em uma comunidade onde todas as cisternas dos programas de 1ª e 2ª Água estavam cheias. Alguns distritos e assentamentos estão com açudes cheios.  Na sede do município choveu o montante de 271 mm e an zona rural variou em até 300 mm.


Pereiro: Choveu em janeiro de forma saltada o volume de 220,2 mm e em fevereiro um menor volume, totalizando 394 mm. Destacando que em uma parte do município, que faz divisa com o estado do Rio Grande do Norte, no distrito de Crioulas a situação é critica, não chove quase nada por lá. Parte das cisternas estão cheias e outras razoavelmente com água.


Beberibe: Com poucas informações, o município  disse que as cisternas estão com pouca água e as chuvas foram razoáveis.


Jaguaribe: Foi onde menos choveu. A situação é preocupante em comunidades como Vertentes. O plantio está em situação crítica por causa das lagartas.


Palhano: A sede do município não chegou a 100 mm de chuva. A zona rural está em melhor situação, e as cisternas não estão cheias.




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