Translate

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Feira é lugar pra ser feliz

O sol nasce e com ele desponta a energia de agricultoras e agricultores que saem de suas comunidades para participar da Feira Agroecológica de Pereiro. Essa rotina acontece a cerca de um mês, sempre às segundas-feiras. Mas assim como a terra precisa ser bem preparada, a feira já começa a dar bons frutos. São sete agricultoras e dez agricultores que produzem em seus roçados e quintais o feijão, o milho, a alface, o maracujá, a batata doce, o pimentão, a couve, a pimenta, a cebolinha, o coentro... A lista é extensa e o sorriso é o item comum em todas as barracas.

Cláudia Lopes e seu filho, com os alimentos produzidos em seu roçado.



A explicação para tanta alegria é simples. A agricultora Cláudia Lopes, que mora na comunidade Sítio Carrapicho, a nove léguas da sede do município, nos disse que a coragem pra trabalhar não falta pra ninguém ali. “A gente se sente valorizada, pois os produtos que a gente traz, o povo compra sem medo. A gente não quer nem saber de usar veneno”. Ela mora com o marido e seis filhos e em sua pequena propriedade, Cláudia planta feijão, macaxeira, pimentão, batata doce e feijão. Ela cria galinhas e capote, mas como está trazendo sua produção de moto, preferiu não trazer dessa vez: “Já tem umas amigas trazendo ovos e frango. Então é bom a gente trazer produtos diferentes pra dar opção pras clientes. Eu ainda faço colorau e trago vassoura de palha que a minha vizinha fabrica”, contou.
Além desses produtos, estão à venda também o caldo de cana, o bolo de milho, a tapioca, o queijo, os doces e xaropes.

Outra que está muito sorridente é a dona Lúcia: “Hoje a feira trouxe também os amigos pra gente trocar risadas, matar a saudade... Feira não é só pra gente comprar e vender. É pra gente trocar lições de vida, brincar, ser feliz!”.

  A Feira Agroecológica é um projeto de parceria entre o PPP-Ecos e Obas, contando com o apoio da comissão municipal, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e da Prefeitura Municipal de Pereiro, e acontece todas as segundas na praça da Igreja Matriz de Pereiro.


Ricardo Wagner – Comunicador popular pela Obas







sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Projeto Primeiro Passo inicia capacitação profissional para jovens do Centro Educacional Dom Bosco

Na última terça (18), o Centro Educacional Dom Bosco, em Fortaleza, esteve repleto de sorrisos de esperança. É que teve início o Primeiro Passo – Programa de formação profissionalizante para jovens e que naquela unidade capacitará 15 adolescentes e jovens com o curso de bombeiro hidráulico.
O projeto é uma parceria da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS e várias organizações, tendo a Obas como executora. Durante três meses, esses jovens participarão da formação, que além das aulas específicas profissionalizantes, também tratam de temas como cidadania e direitos humanos, relações de gênero e juventude.
A aula inaugural contou com a presença de familiares dos jovens, do secretário da STDS – Josbertini Virgílio Clementino, da coordenadora de Proteção Social Especial – Mariana Abreu, da coordenadora do Projeto Primeiro Passo – Roberta Arraes, do articulador do Projeto Transformando Vidas – Fran Beno Gadelha, da diretora do Centro Educacional Dom Bosco – Dra. Paula Castelana, além de profissionais da saúde e da educação, agentes e equipe da Obas.

Promovendo cidadania e garantindo direitos – Segundo o secretário da STDS - Josbertini Virgílio, “é importante ofertar cursos profissionalizantes dentro dos centros educacionais na perspectiva da garantia dos direitos da juventude, que já é muito privada desses direitos, e é responsabilidade do Estado garantir a educação e cidadania”.

Com muito entusiasmo, a coordenadora do Projeto Primeiro Passo, Roberta Arraes disse que “é preciso minimizar a dívida social que temos com a juventude através de processos educacionais transformadores”.

Saber das dificuldades que a juventude passa não é nenhuma novidade, principalmente daqueles que por algum motivo estão cumprindo medidas socioeducativas. Mas é preciso reconhecer que há olhares e ações possibilitando mudanças significativas para o futuro desses jovens. Como disse a coordenadora de proteção social especial – Mariana Abreu, “a interlocução das ações são fundamentais para garantir tanto a qualidade do ensino e do aprendizado como despertar o interesse dos jovens em dar continuidade aos seus processos de formação”.

As falas se completavam através da vontade de disponibilizar aos jovens todo o encorajamento de que se faz necessário para superar um momento bastante delicado em suas vidas. E assim a diretora do Centro Educacional Dom Bosco – Dra. Paula Castelana, fez questão de demonstrar todo o seu empenho em garantir a qualidade da educação desses jovens.

Circular os olhos pelo ambiente e ver as famílias erguendo seus rostos com a expressão de acreditar que dias melhores virão é acreditar que o primeiro passo foi dado.


*      Ricardo Wagner – Comunicador popular pela Obas