Agricultoras e agricultores da comunidade Fernandes, em Aratuba-CE, debatendo sobre segurança alimentar. Foto Arquivo Obas |
Este é
o tema que o DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO apresenta este ano, comemorado no dia
16 de outubro em mais de 150 países desde 1981. A data foi criada como forma de
conscientizar a população de que é preciso se manter informado em questões como
nutrição e alimentação para manter a saúde em dia, marcando também a criação da
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em 1945.
Organizações em todo o mundo
realizam atividades acadêmicas, culturais, esportivas e comunitárias
apresentando experiências exitosas de agricultores e agricultoras familiares e alternativas às práticas danosas ao meio
ambiente e a saúde. No Brasil, a data é celebrada pelo Conselho Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA, juntamente com parceiros, órgãos
públicos e privados e entidades da sociedade civil. A proposta é refletir sobre
a segurança alimentar, a fome e o direito à alimentação saudável garantido às
pessoas.
Quando falamos de segurança
alimentar, fazemos referência a uma alimentação saudável, que as pessoas
consigam acessar em quantidade e qualidade suficiente e de modo permanente. Mas
vamos refletir: que garantias de alimentação temos, quando há mais de 800
milhões de pessoas em todo o mundo vivendo a insegurança alimentar?
Para algumas pessoas, há a opção
de escolher seus alimentos, em quantidades e qualidades à vontade. Mas há quem
sequer tem o que comer. São tantos os questionamentos sobre o que comemos, que sempre vale a pena refletirmos nossas
práticas. Mas, de que forma cuidamos da nossa alimentação com garantia de nossa
saúde, se a utilização de agrotóxicos é uma prática comum? Como fica a saúde
dos solos e rios? O que o poder público tem feito para garantir esse direito?
Desde 2006, há uma lei no Brasil
(Nº 11.346) cujo artigo 2º a “alimentação adequada é direito fundamental do ser
humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos
direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as
políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança
alimentar e nutricional da população”. É importante a participação de todas as
pessoas na efetivação desse direito fundamental, discutindo nossos hábitos
alimentares, o desperdício e como mudar esse quadro. Você pode divulgar as
ações e até assinar petições enviadas aos governos para que a erradicação da
fome seja sua principal prioridade.
Pequenas atitudes somadas a
tantas outras fazem a diferença por um mundo melhor.
Ricardo Wagner –
comunicador popular – Obas/ASA