Está acontecendo neste momento na Faece, em Fortaleza, o
Seminário Estadual da Rede Cearense de Economia Solidária. Com ampla
programação e debates, além do XIII Feirão da Sócio Economia Solidária, o
objetivo do encontro é fortalecer a rede cearense, bem como apresentar as
diferentes formas como a economia solidária se forma pelo Brasil.
Participantes realizam dinâmica de apresentação. |
A doutora e professora da Universidade Federal do Ceara, Elza Braga, iniciou com o painel “Articulações
possíveis entre o Desenvolvimento Territorial e a Economia Solidária no Ceará”,
onde citou a valorização humana como peça fundamental e que a diferencia do modelo
de economia apresentado pelo capitalismo, que como bem sabemos, só explora e
escraviza. Também foram lembradas as experiências de associações vinculadas ao
campo e à cidade, como estratégia de produção e comercialização autônoma dos
meios de vida, o trabalho de instituições da sociedade civil, as universidades
e IFE’s que vêm apoiando o desenvolvimento da economia solidária.
Os avanços foram apresentados nas três
conferências (2006, 2010 e 2014), mas a professora Elza lembrou alguns limites
que ainda são enfrentados, como a aprovação do marco regulatório e a economia
solidária como política de estado. É preciso indagar-se sobre o andamento dos
projetos, sobre os avanços – ou não – das compras de produtos e serviços por
órgãos governamentais dos produtos da ecosol e se de fato há uma promoção dos
espaços de comercialização, sejam fixos ou feiras.
Pensar na economia solidária é observar seu caráter inovador,
sua forma dinâmica e articulada, onde empreendimentos se fortalecem através das
culturas locais, da criatividade, da troca de saberes e do envolvimento das
gerações.
Por Ricardo Wagner – Comunicador popular
pela Obas/ASA